sábado, 24 de março de 2012

Batimentos

 Mais uma vez em queda livre 
Porém,
Do andar mais alto
da torre mais linda.


 Dor que pensara jamais sentir
Não dessa vez 
Não com a confiança posta à mesa
assim como as palavras, que fizeram-me partir


 Do anjo mais perfeito
na voz mais bonita
saía a palavra que de angústia grita


 Como fui tão ingênua à entregar-me, levar-me
por sonhos esquecidos
 E como esquecer-me do passado
sem sonhos, e um coração partido.


 No rosto pálido, eu via medo
no som do silêncio
ouvia as arrancadas do peito


 Pude sentir a vibração
dos batimentos de falsa traição,
do nervosismo,
ou de um sincero coração.


 Admira tanta dor ainda em mim
e deixar que outro alguém
me corroa assim


 As rachaduras uma vez cobertas
agora voltam
 Como uma casa nova, que torna à como foi
Como uma asa torta e irreparável


 O estalo e a câmera lenta diziam:
Deja Vú!


 Assim como de primeira
não me entregarei às malditas lágrimas
 Da forma que veiram
ainda me assustam.


 Trauma reencontrado
coração remendado


 Não me deixam,
elas são quem me cobrem
e me protegem agora


 N'uma folha molhada
mais uma vez me levantarei
 E darei de mim, o melhor
Porém, inocênte não mais serei


 Ainda mais, na qual, como minha vida, A amei.

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